segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Água e Saúde

O Secretário-geral da Organização das Nações Unidas – ONU – Kofi Annan declarou por ocasião da série de encontros sobre a Cúpula Mundial Sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo que, “mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável. O dobro desse número não possui saneamento adequado e mais de três milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças causadas por águas contaminadas”.

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que para cada dólar aplicado em saneamento, com esgoto coletado e tratado e água tratada, economizam-se de quatro a cinco dólares, nos dez anos seguintes, em saúde pública, com a redução de despesas em atendimento médico, medicamentos e hospitais. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que 70% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que contraíram moléstias transmitidas por contato com água poluída.

A poluição das águas acarreta graves riscos à saúde. Os esgotos domésticos contêm bactérias patogênicas que podem causar cólera, hepatite infecciosa, desinteria, micoses, conjuntivites, otites, corizas e febre tifóide e os efluentes industriais têm substâncias tóxicas que podem causar doenças crônicas, inclusive o câncer.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico divulgada pelo IBGE, com base no levantamento realizado em 2000, revela que 47,8% dos municípios brasileiros não têm serviço de esgotamento sanitário e, por conseqüência, o país ainda convive com males do século XIX, como a febre amarela e a dengue. Em alguns estados e regiões onde o esgoto corre a céu aberto, a diarréia infecta 99% das crianças e ocasiona a morte.

Portanto, investir em saneamento significa aplicar recursos em saúde preventiva e evidencia que a recuperação da qualidade das águas é mais do que um programa ambiental é uma questão de saúde pública e bem-estar social.

http://www.rededasaguas.org.br

postado as 18:30 19/10/09

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